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Você sabe o que é Linfonodo Sentinela?

Chamados também de gânglios linfáticos, os linfonodos são pequenos órgãos espalhados pelo corpo e que atuam na defesa do organismo. São constituídos por tecido linfático e depuram a linfa proveniente de um determinado órgão ou de uma região do corpo. Constituem verdadeiras barreiras à disseminação de bactérias, de vírus, de células tumorais e de outros patógenos que tenham o sistema linfático como via de disseminação. Apresentam-se distribuídos estrategicamente no corpo, sendo a região cervical (pescoço), as axilas, as regiões inguinais (virilhas), o mediastino (região entre os pulmões) e o retroperitônio (região atrás do intestino) os sítios de maior interesse clínico. O Linfonodo sentinela é o nome dado ao primeiro linfonodo de uma dessas cadeias de linfonodos que recebe a linfa proveniente de um determinado órgão ou região corpórea.

Quando interceptam microrganismos provenientes de uma infecção ocorre a multiplicação de suas células, os linfócitos, e o seu consequente aumento de tamanho, denominado linfadenomegalia ou íngua, na linguagem popular. O exemplo clássico dessa situação é o corte infeccionado no pé associado a um nódulo doloroso na região da virilha – esse nódulo é um linfonodo doente! Quando interceptam uma célula cancerígena, também podem aumentar de tamanho, não só pelos linfócitos, mas principalmente pela proliferação dessas células tumorais. Alem disso, sabe-se também que a drenagem linfática costuma seguir um fluxo unidirecional, escalonado e previsível em alguns locais do corpo, ou seja, a linfa chega primeiro a um primeiro linfonodo – ao linfonodo sentinela, antes de seguir aos demais linfonodos de mesma cadeia linfonodal!

Esse importante conhecimento é utilizado mundialmente no tratamento de alguns tipos de tumores. Através da aplicação de um corante especial (azul patente) associado a um radiofármaco (tecnécio) no área do tumor é possível o rastreamento e a detecção do linfonodo sentinela o que auxiliará o cirurgião a definir a extensão da sua operação. Estando o linfonodo sentinela livre de doença, é muito seguro afirmar que os demais também estarão e, o inverso, estando ele doente, aumenta muito a possibilidade dos demais também possuírem células tumorais.

Antes do advento do linfonodo sentinela éramos obrigados a remover todos gânglios de uma cadeia para que todos os paciente fossem adequadamente tratados. Entretanto, essa linfadenectomia completa é acompanhada de grande ônus ao paciente, ocasionando edema crônico, prejuízo funcional e maior vulnerabilidade à infecções da região ou membro relacionado. Hoje, uma boa parte dos paciente são poupados desses reveses, através do que se chama Pesquisa do Linofodo Sentinela! O uso dessa técnica já faz parte do nosso dia-a-dia e está consagrada no tratamento do melanoma, do câncer de mama, do câncer de vulva e de alguns outros tumores mais raros. A sua indicação é individualizada, não sendo para todos os pacientes. O cirurgião oncologista saberá te orientar.

Um forte abraço anti-câncer e até breve!

Dr. Eduardo.

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